Mandalas
* Por Solange Kawlowski
Você já pintou ou desenhou dentro de um círculo e logo depois percebeu que estava se sentindo de alguma forma muito melhor? Não?
Pois você sabia que desenhar ou pintar dentro de um círculo é estar criando um espaço sagrado onde podemos expressar com segurança nossos conflitos interiores, possibilitando a autocura e o autodesenvolvimento?
O simples fato de pintar dentro de um círculo produz uma descarga de tensão.
Pois é, eu estou falando do efeito de pintar uma MANDALA.
A mandala é um desenho em forma de círculo e o círculo é uma forma que aparece muito cedo na história da humanidade.
A nossa vida começa dentro de um ovo redondo, dentro do útero de nossas mães. Os músculos que nos empurram para baixo também são redondos e chegamos ao mundo através de uma abertura circular.
O planeta é redondo e faz movimentos rotatórios em volta de si mesmo, o sol, a lua, as estrelas, os planetas, todos com forma circular!
Sinceramente eu não havia pensado no tanto que somos influenciados por essa forma antes de começar a estudar as mandalas.
No círculo existe uma força de poder muito grande, pois os povos que vivem em contato com a natureza acessam muito bem essa força através de seus rituais e danças ritmadas em volta de uma fogueira. Quem já experimentou a dança circular, sabe o efeito que ela causa em nosso corpo e mente.
Foi Jung que introduziu a idéia da mandala na psicologia moderna. Sua descoberta originou-se de sua própria busca pessoal, quando através de um impulso interior pintava e desenhava constantemente na forma de um círculo e percebia que seus desenhos mudavam como um reflexo de seu estado mental.
Foi então que aprendeu que seus desenhos se chamavam mandalas, uma palavra que nas tradições indianas significa centro ou circunferência e é considerada na Índia como um microcosmo da realidade ideal. Para Jung as mandalas significavam um símbolo de nosso Self.
Como o Self encontra-se no nosso inconciente, o ato de pintar uma mandala é criar um ambiente sagrado para entrarmos em contato com o nosso Self (essência).
Quando criamos uma mandala geramos um símbolo pessoal que revela quem somos num dado momento. Ao expressar nossos conflitos interiores na forma simbólica da mandala, projetamo-los para fora de nós mesmos.
O simples ato de desenhar dentro do círculo pode fazer que experimentemos um sentido de unidade.
Muitos terapeutas já utilizam a mandala como um recurso para diagnosticar diversos estados psicologicos de quem faz uma mandala, sendo o processo também autoterapêutico, ele ajuda a própria pessoa resolver uma série de situações psicológicas que lhe pertuba.
O mágico nisso tudo é que a própria pessoa que a faz, sabe no seu interior o que elas significam.
Eu, particularmente fiquei encantanda com o efeito das mandalas sobre mim e resolvi aprofundar meus estudos nesse conhecimento milenar. Estudos que nunca terminarão pois estudar mandalas é adentrar um mundo de muitas surpresas e descobertas.
Por ser considerada uma meditação ativa que nos leva para nosso interior, utilizarei as mandalas em meu próximo curso “ Aprenda a lidar com a ansiedade” que acontecerá em março.
Se quiser ter essa experiência, clique nos links abaixo para participar também.
Um grande beijo
Sol
Início no dia 05/03/13 (terça-feira) as 15h
– Para quem pode a tarde segue o link para mais informações e inscrição [clique aqui]
Início no dia 07/03/13 (quinta-feira) as 20h
– Para quem pode a noite segue este outro link [clique aqui]
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* Solange Kawlowski: terapeuta corporal há mais de 15 anos com Pós -graduação em Psicologia Transpessoal, especialização em Mandalas e técnicas de Meditação. Escreve no blog Portal da Sol (conheça o trabalho que ela realiza [clique aqui]