Sexo no escuro
Muitas mulheres não conseguem entender porque os homens insistem em acender as luzes na hora do sexo enquanto muitas se sentem confortáveis com meia luz ou luz nenhuma.
Sem querer ditar nenhuma regra, até porque não há nenhuma, gostaria de ajudar meus bons camaradas a superarem essa barreira da visão.
De forma geral os homens preferem luzes claras porque querem ver cada contorno do corpo feminino com as perfeições imperfeitas que tanto adoramos. Isso alavanca a imaginação masculina de forma poderosa, no entanto, para alguns homens viciados em hábitos podem estar perdendo um tempero delicioso do sexo que é a descoberta do corpo em si, sem intermediários visuais, só corpo no corpo.
Essa sensação de se perceber no breu e ter que desacelerar a afobação é incrível. Os outros sentidos precisam ficar em estado de alerta.
Ouvir o som do sexo em seus susurros, movimentos, fricções, estalares de línguas, peles e cavidades relaxa as sensações.
Aquele sabor que varia de corpo para corpo, da pele que salga na intensidade, na boca que derrete na boca e fresca o paladar do coração.
O cheiro de vida que extravassa por entre as pernas e que faz salivar como cheiro de bolo saído do forno é indescritível.
O toque é talvez o mais especial dessa vivência no escuro, pois é ali que cada um se mostra disponível para a entrega. A pele denuncia onde o fluxo de vida cresce e onde desagua espelhando a sintonia absoluta do casal. Ali os corpos se conversam e o amor (se existe) brinda aquela celebração que só é possível ser sentida porque o casal está presente um no outro. O encaixe perfeito de suas pessoas que se reverberam nos sentidos é algo que transcende qualquer tipo de definição do amor.
Se um homem quer saber se é homem de verdade precisa permitir a si mesmo essa jornada para além dos olhos que podem roubar (já que são distraídos) a cereja do bolo do sexo: o corpo sem nome chamado orgasmo da alma.
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