Por que o vídeo “Perdi meu amor na balada” se tornou um viral

O Daniel colocou um vídeo na internet essa semana dizendo que foi numa balada em São Paulo conheceu uma tal de Fernanda e que se apaixonou à primeira vista, mas que perdeu o telefone dela e queria que alguém tentasse ajudar a encontrá-la. O vídeo estourou de visualizações e apelos múltiplos para que ajudassem a encontrar a guria em algum canto no mundo. O cara é convincente no apelo, alguns dizem que é uma campanha publicitária embutida no vídeo de um site de relacionamento para encontrar pessoas. Mas o ponto não é esse.

 

http://youtu.be/OgCwDe-ZC3g

A razão pela qual tanta gente se comoveu com o Daniel é porque ele representa o ideal de história que muitos aspiram para si. Mesmo com as desilusões e decepções duras da vida amorosa ainda acreditamos no amor puro. Daquele que constatamos logo de cara e passamos ao lado para todo o sempre.

O vídeo é bonitinho, pois mostra um cara comum querendo encontrar sua dama perdida em algum lugar do mundo, quase uma reencenação de Cinderela, buscando-a pelo sapatinho de cristal.

Gostamos de histórias de amor, mas porque achamos tão difícil vivê-las na prática?

Explico, entre a idealização e a realidade existem muitas variáveis que sequer entendemos ao certo. [sobre romantismo] O amor é um sentimento aparentemente de pertencimento mútuo que cria uma necessidade de proximidade e interação emocional, racional, sexual e social.

Pensamos no amor puramente no âmbito emocional, como se o puro sentimento de bem querencia, admiração e encantamento se sustentasse por si sem nenhuma outra variável. [aqui listo 39 coisas]

Os próprios sentimentos são territórios inexplorados e desconcertantes, não podemos afirmar com precisão se amaremos amanhã como amamos hoje, porque o amor também tem a ver com filosofia de vida. Ao longo de dois anos muitas coisas mudam e podemos passar por experiências tão transformadoras que nos tornam radicalmente diferentes daquilo que somos. Nossos valores podem mudar, reforçar a nossa confiança pessoal, levantar a autoestima e de repente olhar para o lado e perceber que a pessoa “amada” há muito tempo nos trata como se fosse qualquer coisa, menos amada. [leia mais sobre o poder dos sentimentos]

Quando falamos do elemento racional do relacionamento nem se fala. Nascemos simples e ignorantes e vamos pouco a pouco nos abrindo para um universo de possibilidades e ampliando (nem sempre) o repertório de visões de mundo. Numa época acreditamos em ET’s e noutra em física nuclear, depois aspiramos morar na Tailândia ou concluir a graduação de um curso qualquer. Isso altera nossa perspectiva das coisas, conhecemos novas culturas, perdemos preconceitos, assimilamos novos estilos de vida e de repente ter aquela pessoa ao nosso lado não faz mais sentido. Não a queremos mal, mas é que a pessoa como ela é já não entende a nossa língua e nem nós a dela. [4 dicas para reaquecer uma relação]

No quesito social muitas coisas mudam, não por conta de dinheiro necessariamente, mas muita discrepância também dificulta as coisas. O casal quer viajar e alguém está mais na pindura, mas também não aceita ajuda, se torna abatido e fica meio encostado(a). Isso de um jeito ou de outro vai criando uma dificuldade, que se o casal não souber administrar faz perder a credibilidade mútua. Tem gente que tem medo de arriscar, se expor, avançar profissionalmente, permanece a vida inteira reclamando do trabalho e nada faz e isso com certeza atrapalha no relacionamento. Fora as crises que de tempos em tempos atravessamos naturalmente. [crise dos 7 anos]

Quando falamos de sexo então é uma catástrofe, pois somos educados numa cultura que fazer bom sexo é pré-requisito para estar numa relação. Algumas pessoas se envergonham de perguntar, explorar novas possibilidades e acabam se sentindo culpadas, feias, desajustadas, fruto de pecado e tabus. Isso torna as relações sexuais mornas, quase inexistentes simplesmente porque o casal não consegue se abrir, sentir abertura para expressar seus medos e vergonhas. A forma física também interfere mais do que se gostaria, pois mesmo defendendo o direito dos gordinhos por uma vida sexual saudável o ponto é que sempre é mais desestimulante sentir tesão por alguém que não está em paz com o próprio corpo. [mulheres frescas na cama]

Então, o amor, ao contrário do que muitos dizem não basta para sustentar uma relação saudável, plena e crescente. Se a vida da pessoa pára o amor não faz o resto sozinho.

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About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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