O Poder dos relacionamentos

Agora acho que voltamos as atividades normais do blog depois da repercussão da história de R. e do meu aniversário. Confesso que tudo isso ainda continua me marcando e sei que permanecerá por muito tempo.

Depois de mais de 12 anos fiz uma festa de aniversário decente.

Coisas simples da vida...

Convidei algumas pessoas que eu sabia que poderia dar atenção específica.

Tudo ocorreu tranquilamente e uma pessoa que não conhecia meus amigos me disse: “a energia era muito gostosa!”

Comecei a reparar em algo que não tinha me atentado até então: o poder das pessoas que nos relacionamos direta e indiretamente nos afeta muito mais do que pensamos.

Comecei a olhar cada pessoa naquele ambiente e me dei conta que eu demorei muito tempo para me cercar de pessoas que realimentavam minha qualidade de vida de forma positiva.

Durante algum tempo da minha adolescência cultivei amizades que me faziam mal. Eu me sentia meio deslocado e incapaz de escolher muito, então aceitava o que estava disponível.

Mas com o tempo fui percebendo que aquilo que eu recebia era o que achava que merecia receber.

Comecei a ficar mais seletivo e me envolver em ambientes saudáveis. Conheci lugares fabulosos em que as pessoas realmente buscavam o autoconhecimento e a melhora pessoal. Fazia questão de estar perto dessas pessoas, mesmo que fosse para ficar calado.

O meu critério era simples: pessoas generosas, prestativas e realmente engajadas no bem-estar dos outros.

Isso obviamente criava um ciclo “vicioso” positivo. Quanto mais eu me relacionava com elas mais pessoas do mesmo tipo eu conhecia.

Ao completar 31 anos eu percebi que todos os meus amigos, sem exceção, eram pessoas positivas, produtivas, afetuosas, confiáveis, leais e essencialmente boas.

Notei que eu tinha deixado de lado as pessoas mau humoradas, pessimistas que cultivavam pensamento de escassez ou preconceituosas.

Isso não foi um ato voluntário, preconceituoso ou de discriminação, pois eu convivo bem com todo o tipo de pessoas. Mas as pessoas que realmente influenciam na maneira que construo minha visão de mundo são diferentes.

Elas desafiam minha mediocridade e limitação pessoal. Não se acomodam em me ver debater em infantilidade sem oferecer um apoio valioso. Elas cultivam uma visão ambiciosa da vida, esperam mais de si mesmas, sem exigências perfeccionistas ou culpa excessiva, mas cientes de que a vida é algo muito precioso para desperdiçar.

Notei que eu também tinha causado influência nelas. Já se tornou um hábito os amigos dizerem que se amam, se abraçarem e serem carinhosos sem que isso soasse piegas ou frescurento.

Isso tem um efeito altamente positivo em volta de mim. Eles alimentam o meu melhor e me lembram, a cada momento de fraqueza, que eu posso dar um passo a mais.

Carinho é altamente recomendado!

Se você aspira o mesmo não saia rompendo amizades tóxicas de um momento ao outro, comece você mesmo sua jornada em busca de lucidez. Não precisa ficar pregando na cabeça de ninguém, ensine pelo exemplo, silenciosamente.

Adote hábitos alimentares, de rotina, de sono, de lazer, de conversa, de práticas emocionais e sociais diferenciadas. Não se acostume com pouco, invente moda. Aqueles que estiverem na mesma sintonia irão se inspirar em você, e aqueles que querem te puxar para baixo vão se incomodar e sair lentamente. Não tente convencer ninguém, apenas siga em suas práticas, sem alarme. Apenas faça!

Afinal sua vida é o reflexo das pessoas que você ama. Quer uma boa vida? Ame mais e melhor.

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About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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