Mulheres recatadas na cama
– Vou gozar na sua boca!
– Não! – rebateu indignada.
– Como assim? Tão gostoso, depois quero pegar você daquele jeito por trás! – ele tentou descontrair.
– Tá maluco? Pára agora, acabou o clima…
Já ouvi esse tipo de relato de mais de uma pessoa. Isso não é incomum de acontecer. Mulheres que se ofendem quando o sexo pega fogo de um jeito diferente.
Agressivo, nojento, sujo, escroto, seja lá o nome que receba, esse sexo mais cheio de safadeza ainda incomoda muitas mulheres.
A cabeça, a moral e os bons costumes ainda dominam a sexualidade de muitas mulheres. Homens também? Claro, mas agora o foco é feminino.
“Não sei dizer, mas o sexo sempre me deixa pouco à vontade.”
O sexo é um universo imenso. O prazer é sempre algo desconhecido. Não importa quantas vezes uma mulher tenha gozado na vida ela nunca vai gozar igual a nenhuma delas. O número de combinações sexuais possíveis que um casal pode desenvolver na cama é infinito. É como compor uma música. As poucas notas são as mesmas, mas o jogo de tempo, melodia, voz e acompanhamentos proporciona as milhões de músicas que conhecemos.
Quando alguém diz, “isso eu não gosto!” ela está se limitando demasiadamente. É como se arrancasse uma corda do violão porque um dia alguém tocou aquela nota desafinada.
Penso que inconscientemente a mulher recatada tem medo de ousar perder o controle de si mesma.
Talvez tenha aprendido que a segurança, a certeza, a verdade, o correto, o bem, o justo e o polido definiam a vida.
Sabe aquele tipo de pessoa que você diz: “vem?” e ela faz mil perguntas minuciosamente?
Ao invés de simplesmente ir ela se opõe, quer razões, justificativas e lógicas. Foi condicionada a andar com muletas psicológicas. Tudo justificado por experiência malsucedidas no passado.
É algo parecido com dançar. Só é possível dançar dançando. A teoria da dança só irá te ajudar até um determinado momento. Passado a fase preparatória só lhe cabe dançar.
O sexo excessivamente racionalizado tira dele uma propriedade fundamental que é da leveza e do frescor. É o momento em que o casal pode fazer todas as experimentações e combinações possíveis sem medo e sem pudor. É momento de ousar e arriscar tudo. Deixar que aquela natureza reprimida sobrevenha, se deixe mostrar e desenvolver.
O imundo, o sacana, o podre também podem fazer parte. Ali não tem muita regra ou limite. Se você não se atira nunca vai poder saber o que o gozo na boca ou o sexo anal (no caso da história inicial) poderiam te causar para além do nojinho. Num momento de loucura e ardor aquilo que parecia sujo pode ser a coisa mais deliciosa que experimentou, mesmo que alguma vez aquela nota já tenha desafinado alguma vez.
Uma música que já caiu bem pode não cair mais. E depois voltar com todo vapor.
Sexo é um oceano de possibilidades. Se você estiver disposto a se sentir seguro deverá se conformar com aquelas marolas simpáticas beira-mar, mas se quer uma visão explêndida talvez precise mergulhar um pouco mais fundo.
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Venha conhecer o meu trabalho pessoalmente na próxima palestra que realizarei:
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