Por que temos dificuldade em mudar?
Você já deve ter sido assaltado muitas vezes pela sensação de total paralisia diante de um obstáculo pessoal, certo?
Mesmo sabendo a resposta ou o melhor passo você já sentiu que algo o constrangia por dentro a permanecer parado. Uma força quase “demoníaca” o agarrava pelo colarinho congelando suas ações.
Sabe aquela sensação antes do primeiro beijo?
Meditei muito sobre o que nos faz realmente ter medo da mudança e passei a observar os pais e suas crianças pequenas.
Naturalmente o mundo da criança é cheio de descobertas. Ela nasce completamente passiva e rendida a algumas habilidades básicas e orgânicas e é colocada num furação de revelações.
Andar, controlar esfincteres, falar e se mover com graça. Coisas que fazemos com tanta naturalidade são verdadeiras sagas para um bebê.
A grande questão surge no processo de maturação emocional.
Na relação com os pais surgem alguns embates típicos do crescimento.
Depois de passada aquela fase graciosa que a criança simplesmente obedece tudo começam os problemas.
A criança quer se movimentar, agir, importunar, mexer, chacoalhar, bater e quebrar a realidade à sua frente.
No entanto seus gestos são sempre bruscamente interrompidos e cerceados pela vontade de um adulto.
Já é famosa a ideia da quantidade de NÃOS que uma criança recebe.
O problema é mais delicado, pois interrupções e frustrações são acontecimentos naturais da vida comum, mas na cabeça da criança ela fará uma associação inconsciente desastrosa.
“Se eu me mover (e mudar) muito serei repreendido e não amado pelos meus pais.”
A mudança passa a ser vista como algo indigesto. O risco de perder a estima dos pais passa a ser maior do que o risco da descoberta. Não compensa.
Essas sucessivas reafirmações de poder que se exerce sobre a criança produz uma pessoa menos inventiva, criativa, mais passiva e conformada com o status quo.
Mudar é sinônimo inconsciente de ausência de amor. A estabilidade e o que permanece igual garante o amor.
Por isso tememos quando os cenários e as pessoas mudam, pois inconscientemente já assumimos a posição de que mudanças são fenômenos indesejáveis. Nós também passamos a repreender mudanças e sustentamos um mal estar quando os outros mudam, e chegamos a perder o amor por elas.
“Você está tão diferente…” Essa frase dita em tom triste poderia ser vista de tantas formas.
Sequer nos perguntamos o que proporcionou a demolição positiva daquela pessoa. Partimos do pressuposto que ela não irá nos amar, porque na nossa cabeça o amor é estático.
O amor que desejamos e alimentamos congela as pessoas ao nosso redor com ciúme, possessividade, chantagens e outros artifícios.
O mais alarmante é que essa inibição foi iniciada na infância, no entanto ela e é perpetuada em nós, por nós e nos outros.
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PS: Os pais perguntarão o que devem fazer com as crianças quando elas tentarem destruir a mesa da sala. Canalize os impulsos dela em outra direção (ou se estiverem a fim descobrir a mesa da sala junto), ou seja, os pais são convidados a mudar a cada movimento e mudança dos filhos. O desapego de si mesmo pode garantir algum sucesso na arte de educar os filhos.
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