Intimidade é uma merda!
Quantas vezes você já se pegou xingando sua mãe aos berros?
Pergunta simples: faria o mesmo com seu chefe no dia de receber o aumento?
Claro que não.
Conclusão óbvia: “intimidade é uma merda mesmo, né?
Na minha opinião, isso não fecha o assunto.
Por que a sensação de que somos íntimos de alguém nos desobriga de tratá-la bem?
Acho tão bonito os casais se tratando belamente nos primeiros meses de relacionamentos. Os risos, beijos e gentilezas não faltam até que se perceba que a presa está bem amarrada. A falsa sensação de segurança nos permite desleixar a atenção para pequenos detalhes.
Saber que sou amado daria plenos poderes para tripudiar sobre a outra pessoa?
Penso que na medida que criamos laços de segurança e intimidade ativamos em nossa personalidade um mecanismo de compensação.
Já que depositei muito naquela conta bancária emocional eu tenho a sensação que posso fazer saques abruptos quando quiser.
Agora que pertencemos ao círculo de amor de uma pessoa ela tem a obrigação de amar aquilo que somos. O problema é que aquilo que somos é sempre a faceta perversa da personalidade.
Nada mais absurdo que isso, eu obrigo o outro a ceder diante de minha infantilidade, medo e raiva à pretexto de me amar. Quero que ame o pior que habita em mim.
Quero que a pessoa prove o valor do seu amor ao suportar condições desrespeitosas.
Quanto à mãe nem se diga, pois ela passa a receber de volta toda a dor que supostamente pensamos que nos fez passar ao longo da educação.
“Ela não em amou como deveria, porque eu devo tratá-la com respeito agora.”
Quero encerrar o texto com essa frase acima e perguntar, ela justifica tudo?
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