Plena – Mulher do Terceiro Estágio do Feminino
Tente pensar numa mulher que seja a expressão viva do amor. Talvez isso ajude a imaginar como seria esse estágio.
Acho uma boa inspiração...
A mulher nessa fase sabe conciliar a força da autonomia que adquiriu com seu sucesso profissional ao mesmo tempo que sabe se render a um relacionamento amoroso.
Ela brilha e tem um ar que inspira vida e docilidade ao mesmo tempo que força e intensidade. Ela consegue unir pessoas de todos os tipos e interesses de diversas áreas. Evoca nos outros o seu melhor em busca de uma vida virtuosa.
O seu amor não é pacato ou conformado, mas ativo e empreendedor, sabe utilizar das ferramentas que o mundo lhe oferece com grande habilidade, pois está aberta a aprender tudo que reverta em benefício dos outros. Isso não a faz escrava dos apelos dos outros, é um amor inteligente, hábil que reconhece a verdadeira necessidade. Sabe dizer não ou sim com equilíbrio.
Tem um sentimento claro de si mesma e também passa pelo turbilhão emocional que todas as mulheres possuem, no entanto, sua manifestação é menos tempestuosa e destrutiva, pois está livre dos impulsos mais infantis. Ela está mais livre para lidar com os jogos de poder e de vaidade típicos das brincadeiras amorosas. Sabe usar e identificar essas ferramentas, mas sabe que são apenas brinquedos sociais.
Age e se relaciona apesar do medo, pois apesar de saber que o abandono sempre é uma possibilidade ainda assim é capaz de se vincular e confiar no seu homem.
Diferente dos outros estágios em que a mulher está sempre confrontando o homem a fim de provar o seu valor, essa mulher oferece de si aquilo que mais deseja receber. O amor e a doação de si é sua garantia, já não condiciona o que dá com aquilo que recebe, pois seu exercício pessoal é esse.
A generosidade é sua marca pessoal, não algo angelical ou assistencialista, mas consistente com a necessidade mais profunda do momento. Sua justiça caminha de mãos dadas com a compaixão e procura um meio hábil para que um interesse mais amplo seja alcançado.
Sua sexualidade é um capítulo à parte, pois não tem medo de seus desejos. Sabe transitar entre papéis de frágil, dominadora, santa, puta, pois nunca limita sua personalidade à um rígido papel. Pode encantar ou assustar um homem sexualmente, não segue regras ou fórmulas.
Diante de traições essa mulher se permite fazer o luto necessário sobre a dor, mas entende que não territórios domesticados para a alma humana. Consegue liberar as pessoas de sua dominância. Essa liberdade confere frescor na relação e permite que o seu homem sempre voe longe e retorne para o seu quintal.
Essa mulher tem dores, marcas e traumas? Certamente, como qualquer mulher, no entanto, segue firme e dócil num destino de elevação da condição humana manifestando uma existência com graça, sensualidade, sensibilidade e vontade de viver.
Sua capacidade de lidar com a dor é ampla, pois compreende que é o apego a si mesma que aprisiona suas ações e causa sofrimento. Quando percebe que algo está além de si mesma, oferece uma pausa para si mesma. No limite das forças consegue cortar o mal pela raiz e se libertar de relacionamentos tóxicos.
Dou como exemplo a Angelina Jolie (poderia ser aquela de sua preferência), pois acho que ela superou as limitações da mulher de 2o estágio que se debate em jogos de poder com os homens. Parece que ela se desfez da necessidade de provar algo para eles sobre força e autonomia. Ela passou a oferecer ao mundo algo mais com sua beleza. Converteu os holofotes de sua imagem para cenários de caos e dor.
A mulher de 3o estágio poderia ter encontrado um homem que não acompanhasse seu ritmo de vida, mas isso não seria um problema, ela não hesita em tentar. Não coloca seu ego à perder, apenas se rende. Sabe que qualquer experiência humana tem uma riqueza em si! Não se prende ou se fecha no “medo de se machucar”.
Ela é a mais pura e plena expressão do Amor Livre.
Essa música da Dido me traz essa sensação…
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