Nove coisas que você não sabia sobre ansiedade

*Por Frederico Mattos

1- Ansiedade pode ser uma doença

Parece consenso: hoje em dia quem mora em centros urbanos diz ter introjetado a ideia de que ansiedade já é parte constitucional da vida, como se fosse natural ter acessos de falta de ar, tremores, fantasias de catástrofe ou manias variadas. É como se o pacote cidade+angústia já estivesse embutido nas coisas externas. Sem motivo aparente e sentido de forma persistente, ansiedade e suas variáveis (Transtorno de pânico, fobia, estresse pós-traumático, Transtorno Obsessivo-Compulsivo) podem ser indício de um quadro mais grave  que merece ser investigado de perto por um profissional da área de saúde mental (psicólogo, psiquiatra)

ansiedade

2- Ansiedade não é só uma doença

Apesar de poder ser parte de um quadro patológico, ela não é uma doença orgânica pura e simplesmente, mas resultado de um estilo de vida e visão de mundo sem o qual seria impossível que se instalasse no corpo físico. A maneira como você conversa, interage com as pessoas, come, dorme e vive pode aumentar ou diminuir a ansiedade, pois ela tem muito a ver com condicionamento, repetição e amplificação interior. Não adianta tratar o sintoma sem cuidar da mente geradora dessa visão; remédio sem transformação pessoal é só paliativo.
3- Ansiedade não é resultado de insegurança

O ansioso parece acreditar-se super inseguro frente aos problemas da vida cotidiana, como se fosse uma flor muito frágil no meio da selva. Na realidade o padrão mental do ansioso é o de uma pessoa que quer controlar cada passo seu e dos demais como manobra para evitar surpresas ruins. Quer dizer que é sua visão derrotista e pessimista da natureza humana que o faz se antecipar ao infortúnio inevitável. Controlador é a palavra que define a maioria dos ansiosos, se vivesse e deixasse viver certamente a angústia seria menos presente.

4- Ansiedade é mental, depois física

Alguns imaginam que a aflição é como um mosquito que pica e cria uma alergia no corpo e que deve ser combatida como se a própria pessoa fosse refém de suor nas mãos, palpitação e agitação corporal. Não, todos esses sintomas são resultantes de um padrão de comportamento que se inicia na mente que se antecipa a tudo e não consegue confiar e se entregar na vida. O corpo paga a conta que a mente criou.

5- Agitação e ansiedade não são as mesmas coisas

Apesar de ansiedade surgir acompanhada de sinais observáveis como agitação pessoal, fala ininterrupta e pupila dilatada, nem sempre é assim. Muitas pessoas contidas e quietas são um poço de auto-controle ansioso, elas muitas vezes estão num nível tão exagerado de nervosismo que até os sinais externos são represados.

6- Ansiedade pode estar presente na pessoa descolada

Pessoas aparentemente soltas, relaxadas e descoladas também podem sofrer de ansiedade, mas uma que é contra-fóbica, ou seja, o padrão bicho-solto é um jeito de controlar a vida às avessas. Para essas pessoas o lema de carpe diem é só uma fachada para não entrarem em contato com fatores criadores de ansiedade. No fundo, elas também estão presas num ciclo de evitação ansiosa da ansiedade.

7- Cafajestes são ansiosos

Sim, os Don Juans são ansiosos, e por isso muitos tem dificuldades de estabelecer um vínculo mais profundo com outra pessoa. Eles reconhecem uma agitação interna que os impede de fazer escolhas mais sólidas na vida. Sua escolhas sempre são provisórias, pois no fundo sentem muito medo de se apegarem a algo que terão que se preocupar e até perder.

8- Não é possível controlar a ansiedade

Toda a vez que a pessoa ansiosa tenta se “policiar”, o nome já indica o caminho errado. Como alguém pode relaxar com alguém a policiando? Estas tentativas de controle em que se perde de vista que o essencial é entregar, relaxar e distensionar os músculos do corpo e das emoções é uma tentativa enganosa de mudança.

9- Ansiedade é integral

Para cuidar da ansiedade, portanto, você tem o caminho aberto para começar por todos os lados, seja por dentro ou por fora, mas isoladamente nenhum faz um efeito duradouro. Mexer e relaxar o corpo, disciplinar e entregar a mente são duas pontas saudáveis desse processo.

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Captura de Tela 2014-08-26 às 10.05.17* Frederico Mattos: Sonhador nato, psicólogo provocador, autor dos livros “Relacionamento para leigos (série For Dummies)[clique]“,  “Como se libertar do ex” [clique aqui para comprar] e “Mães que amam demais”. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas cultiva um bonsai, lava pratos, oferece treinamentos de maturidade emocional no Treino Sobre a Vida e se aconchega nos braços do seu amor, Juliana. No twitter é @fredmattos e no instagram http://instagram.com/fredmattos – Frederico A. S. O. Mattos CRP 06/77094

 

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Revisão: Bruna Schlatter Zapparoli 

 

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About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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