Qual é o tempo certo para falar “eu te amo”?
Nesse texto você vai entender qual é o tempo certo para falar “eu te amo” numa relação amorosa
* Por Frederico Mattos
Essa é uma das perguntas que mais ouço de homens e mulheres que tendem a ser muito apressados em suas declarações de afeito, “afinal, Fred, será que é muito cedo para falar “eu te amo”?”. Normalmente ela parte de contextos em que uma das pessoas da relação iniciante que está ainda em descompasso da outra, que já ama há mais tempo e está insegura de ser correspondida.
A outra, por estar mais cautelosa, pede um tempo para que o amor venha devagarinho, sem pressa. Mas a outra, aflita, quer um amor, um casamento, filhos e netos no primeiro mês, quem sofre de ejaculação precoce amorosa já enfrentou isso muitas vezes.
Existe um tempo certo para as coisas?
Existe e não existe, quer dizer, não existe uma legislação que determine quando alguém deve se declarar, mas existe um bom senso que cada casal vai descobrir (mas que os precoces nunca conseguem perceber qual é).
Os sentimentos precisam de um enredo para fluir, como num filme, se alguém mostra um filme já começado dificilmente você vai conseguir entender quem é quem e qual a subtrama emocionante. Os diretores criaram um roteiro para que você se apegue lentamente aos personagens e vá lentamente se apaixonando por eles, seja de amor ou ódio.
Quando o filme chega no clímax você se emociona, descabela, chora, tem ataques de fúria e sai do cinema feliz da vida por ter sentido todo o tipo de emoção, independente do resultado final.
No relacionamento amoroso é preciso de contexto, narrativa e fluxo de história para que a coisa pegue fogo.
Você conseguiria acabar de ser demitido ou sair do velório da mãe e se apaixonar por alguém? Há quem consiga, mas de modo geral são, sua cabeça está ruim, suas emoções confusas e essa fragilidade pode até criar uma faísca futura para um amor acontecer. Mas não de cara.
Os ansiosos querem que a pessoa entre na sintonia do romance com a mesma velocidade dela, mas existe uma questão oculta, o romance está acontecendo na cabeça dela por que ela é assim com tudo, até para comprar uma aspirina ela faz um filminho na cabeça. Ninguém, em sã consciência, consegue acompanhar o ritmo de uma pessoa imaginativa e precoce na mesma velocidade.
O que acontece nessa hora? A pessoa que vai no ritmo normal é acusada de ser fria, insensível enquanto a outra se debulha em carência e autopiedade dizendo que ninguém a ama de verdade.
É questão de timing, não adianta forçar o fim da história no começo, é preciso contexto, boas interações, tranquilidade, segurança e liberdade interior para não achar que o amor é um troco que precisa ser dado na mesma medida. Acima de tudo o amor floresce quando existe espaço emocional para surgir, a pressa nunca cria bons e duradouros vínculos.
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* Frederico Mattos: Sonhador nato, psicólogo provocador, autor dos livros Relacionamento para leigos (série For Dummies)[clique], Como se libertar do ex [clique aqui para comprar] e Mães que amam demais. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas cultiva um bonsai, lava pratos e se aconchega nos braços do seu amor, Juliana. Oferece treinamentos online de “Como salvar seu relacionamento” e “Como decifrar pessoas” No Youtube seu canal é o SOBRE A VIDA [clique aqui] No twitter é @fredmattos e no instagram http://instagram.com/fredmattos – Frederico A. S. O. Mattos CRP 06/77094