Dia dos namorados

* Por Frederico Mattos

O dia dos namorados está chegando e é uma data emblemática para quem namora e um divisor de águas para quem está em cima do muro.

Quero ver o sujeito achar um desse para dar de presente

Quero ver o sujeito achar um desse para dar de presente

Para muitos o amor é medido pelo empenho (e as vezes o preço) do presente trocado. É como amigo secreto, surge uma dúvida sobre o real valor que tem para o outro por aquilo que recebe.

Já vi muito casal romper depois que viu o presente, pois aliado a outros episódios deploráveis o presente chinfrinho foi o golpe final.

“Eu já desconfiava que ele era um babaca, depois de me dar aquele cartão sem graça de papelaria eu confirmei a hipótese e me senti uma besta ainda maior por gastar meu tempo com ele”

A data também revela os amantes, pois muita garota já se viu descobrindo que o namoradão era casado e tinha filhos. No dia dos namorados precisou inventar uma viagem e foi descoberto.

Alias, o status de relacionamento virtual pega fogo nesse dia. Muitos caras preferem “preservar” o relacionamento do público que está num relacionamento sério e omite o status na rede social. Mulheres, desconfiem, quando o cara quer ele coloca a mão no seu ombrinho e te chama de “minha mulher”. A menos que ele seja jurado de morte.

Nesse dia fatídico a casa cai para os mentirosos crônicos e muitas farsas vem a tona.

Para os indecisos a data cria uma pressão social para que a história siga para um lado ou outro. Nessa data tão especial aquilo que poderia ser o pontapé de uma história de amor vira um pesadelo. Os maiores índices de rompimento de rolos indefinidos acontecem nas imediações do dia dos namorados. Aquela pessoa que estava meio iludida percebe a triste realidade: era só um rolo e nada mais.

E existem aqueles que se rebelam por essa data e pregam que ela é meramente comercial.

Comercial ou não ela existe e vai ser considerada na hora do vai ou racha por muita gente. Não dá para simplesmente passar o ano inteiro brigando com as convenções sociais se isso não for consenso do casal. Se para uma das partes a data é significativa não dá pra ficar pagando de contracultura e deixar a outra na mão.

A mente humana precisa de rituais de passagem e, ainda que sejam marcados por datas de interesse da economia, eles existem, goste ou não.

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Captura de Tela 2014-08-26 às 10.05.17* Frederico Mattos: Sonhador nato, psicólogo provocador, autor dos livros Relacionamento para leigos (série For Dummies)[clique], Como se libertar do ex [clique aqui para comprar] e Mães que amam demais. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas cultiva um bonsai, lava pratos e se aconchega nos braços do seu amor, Juliana. Oferece treinamentos online de “Como salvar seu relacionamento” e “Como decifrar pessoas” No Youtube seu canal é o SOBRE A VIDA [clique aqui] No twitter é @fredmattos e no instagram http://instagram.com/fredmattos – Frederico A. S. O. Mattos CRP 06/77094

About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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