Como as pessoas realmente enxergam você?
* Por Frederico Mattos
Quando era adolescente sempre me perguntava sobre quem iria no meu velório se eu morresse . Este questionamento aparentemente banal e vaidoso era uma maneira de tentar avaliar com quem havia estabelecido um relacionamento de qualidade. No fundo, queria saber se eu era amado por alguém.
Associamos erradamente a ideia de reputação a opinião alheia e até falsidade, quase como se fosse uma obrigação indesejada. No entanto, ela impacta muito mais nossa vida do que pensamos. O que as pessoas que nos cercam pensam ao nosso respeito e que talvez só digam pelas costas?
Seria o mesmo que perguntar se elas nos indicariam para uma vaga de emprego ou se apresentariam um parente ou amigo querido como um candidato amoroso.
Curiosamente, ignoramos que pessoas e oportunidades surgem desse tipo de imagem que construímos no relacionamento com o outro.
- Você que se conhece com mais detalhe contrataria a si mesmo para o emprego dos seus sonhos?
- Você namoraria com alguém que tem a sua personalidade e estilo de vida?
- O que de fato tem a oferecer para os outros?
- Qual o grau de credibilidade que possui?
Se as respostas às perguntas forem desfavoráveis, pense com calma sobre que tipo de comportamentos você tem cultivado. A maneira que as pessoas tratam você tem menos a ver com o que se passa na sua cabeça e mais com o que você faz concretamente e aparenta. As pessoas são superficiais por não conhecerem sua essência? Não, elas apenas não são telepatas e só conseguem analisar uma pessoa pelo que ela demonstra. Se você é generosa, ajude os outros desinteressadamente de verdade.
Acho estranho quando alguns reclamões se queixam de solidão, pois se eles próprios não gostam de nada que veem à sua volta, porque alguém gostaria de estar na companhia deles? Tem aquele que faz tudo de qualquer jeito, é pouco pontual e até preguiçoso para se aperfeiçoar e mesmo assim quer que os amigos indiquem oportunidades de emprego. Quem colocaria a mão no fogo por ele?
A reputação começa no modo como se veste, se asseia, fala, o que fala, com quem fala, o que faz, com o que trabalha, como desempenha seu trabalho, como passa o tempo livre, que hábitos nutre e com que pessoas convive.
Só amizade não compra reputação ou credibilidade, o que vale é a performance daqueles momentos aparentemente inofensivos que ninguém vê.
Faça a seguinte pergunta para seus conhecidos e veja o que respondem:
– Você indicaria um parceiro amoroso ou um trabalho para mim? E por qual motivo, se não indicasse?
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* Frederico Mattos: Sonhador nato, psicólogo provocador, autor do livro “Como se libertar do ex” [clique aqui para comprar] e “Mães que amam demais”. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas cultiva um bonsai, lava pratos, oferece treinamentos de maturidade emocional no Treino Sobre a Vida e se aconchega nos braços do seu amor, Juliana. No twitter é @fredmattos e no instagram http://instagram.com/fredmattos
Revisão: Bruna Schlatter Zapparoli