Medo da vida
*Por Frederico Mattos
O pior tipo de medo que podemos nutrir não é de baratas, ratos, altura ou lugares fechados, mas o medo de buscar uma vida em que se respire a plenos pulmões e que seja significativa.
Não é raro cruzar com pessoas que estão muito preocupadas com a importância excessiva que dão a si mesmas. O efeito colateral disso é se levam muito à sério e parecem seguir com um diamante escondido no bolso sempre preocupadas em arriscar um passo em falso.
Tenho profunda compaixão quando vejo pessoas que se acostumaram com uma existência asfixiante e apática, daquelas em que poucas escolhas são feitas com convicção.
Cada mínimo detalhe é calculado com sofrimento e resistência para evitar (curiosamente) o sofrimento. Ela paga o custo de ser infeliz, mas não o custo pelo risco da felicidade. Melhor o mal conhecido do que o bem desconhecido.
Esse é o tipo de não-decisão cotidiana antecipa sua morte, já que induz cada dia ou segunda-feira a ser encarada com peso e temor.
Se pudéssemos olhar para o seu coração ele estaria mofando e guardando as melhores esperanças para um mundo imaginário que ninguém consegue expressar.
Quando me deparo com alguém que deixou o melhor de si para a semana que vem que nunca chega eu dou um passo à mais.
O que me move é poder provocar algo da essência humana mais escondida. Se eu puder quero ser parteiro de vidas que ainda não vieram ao mundo.
Pergunto a você, que mundo você quer parir e que já pode dar à luz nesse momento da vida?
* Frederico Mattos: Sonhador nato, psicólogo provocador, autor do livro “Como se libertar do ex” [clique aqui para comprar] e “Mães que amam demais”. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas cultiva um bonsai, lava pratos, oferece treinamentos de maturidade emocional no Treino Sobre a Vida e se aconchega nos braços do seu amor, Juliana. No twitter é @fredmattos.