*Por Frederico Mattos

Conheço poucos relacionamentos que se assentam na felicidade como base real. Não aquela felicidade de sorrisos e sapecagens, mas aquela maneira tranquila e harmoniosa de levar a vida promovendo riqueza interior.

Quando um casal se une move um esforço para elevarem um ao outro para outro patamar pessoal. Em momentos de crise pessoal se transformam em apoio recíproco e seguem construindo uma jornada artesanalmente talhada em bem-estar.

Como não nascemos prontos temos no companheiro leal um lembrete constante de que a vida é mais que respirar e resistir aos dias que temos até a morte. Quando um casal ganha lucidez cada um se torna uma alavanca para a projeção do outro para cima e para dentro de si.

Seguros de suas caminhadas se tornam facilitadores de uma vida que se desdobra em escolhas nem sempre claras, mas profundas. Nesse meio do tempo enfrentam dilemas quanto ao rumo pessoal e se tornam agentes do amadurecimento do parceiro.

Essa é uma relação que abarca mais silêncio, espaço, contemplação, admiração e serenidade. Longe das frivolidades juvenis conseguem olhar sem constrangimento para a nudez da alma, daquele tipo que se deixa entrever as maiores vulnerabilidades humanas.

No limite da generosidade não se veem como propriedade mútua e abrem territórios para distâncias e até rupturas. A cada vez que bate na porta qualquer tipo de mesquinhez são alertados por uma consciência superior e interna que relembra: seja e faça feliz!

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* Frederico Mattos: Sonhador nato, psicólogo provocador, autor do livro “Mães que amam demais”. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas cultiva um bonsai, lava pratos, oferece treinamentos de maturidade emocional no Treino Sobre a Vida e se aconchega nos braços do seu amor, Juliana. No twitter é @fredmattos.