Escolha ou decisão
Quando temos dois ou mais caminhos pela frente costumamos ficar aflitos por não saber qual o melhor caminho a seguir.
Vejo essas supostas decisões de uma maneira bem específica, pois afinal de contas o que as pessoas acham que é o melhor?
Elas querem tomar decisões com as seguintes condições:
– que não sofram
– que agradem a todos
– que não passem por muitas mudanças
– que não exijam esforço
– que não precisem fazer sacrifícios
– que só traga coisas boas
– que não se arrependam
– que tenham garantias que podem voltar atrás
Sejamos realistas, que mundo é esse onde esses requisitos existem?
Qualquer mudança irá fatalmente:
– criar desconforto
– contrariar a vontade (mimo) de alguém
– modificar uma ou várias áreas de sua vida
– exigir um tipo de desgaste físico, emocional, social
– exigir que abra mão de uma ou mais vantagens que tem
– ter o seu lado ruim
– gerar algum tipo de sensação de que podia voltar no tempo
– arrancar todas as seguranças e garantias
Por esse motivo faço uma diferença entre escolha e decisão.
A escolha é como uma paquera que você flerta com as possibilidades, não se compromete, pode mudar, dar desculpas, fingir que não era com você, voltar atrás, barganhar, tentar agarrar outras escolhas simultaneamente, recuar, negociar e depois voltar atrás.
A decisão é algo que impacta seriamente sua vida e você se compromete com as repercussões dela, assume novas posições e todo o risco que isso implica. Na decisão você não fica brincando de túnel do tempo e tentando fazer de conta que dá para voltar, não se culpa ou se arrepende apenas segue em frente e toma novas decisões e sabe que se forem precipitadas isso terá um preço que vai pagar.
Na escolha tudo é possível (pelo menos na imaginação), mas na decisão você segue como se tivesse jogado minas pelo chão e sabe que não pode voltar no tempo. Se quiser mudar sempre é tempo, e cada coisa tem uma consequência.
Agora pense se está tomando decisões ou fazendo escolhas.