Sua casa diz um pouco sobre você
Talvez você nunca tenha reparado, mas a sua casa reflete um pouco de sua personalidade.
Do mesmo modo que nos apresentamos por meio das roupas, dos gestos, do uso da linguagem verbal a nossa casa é um resultado de algo que estamos evidenciando ou ocultando. [leia mais]
Os peritos criminais obtem muitas informações de como era a vítima ao olhar a disposição dos móveis, da decoração e a logística da casa.
Pessoas que são emocionalmente vorazes e querem tudo de uma vez só costumam ter muita bagunça no seu espaço. Mas a bagunça precisa ser olhada com um cuidado a mais, pois pode refletir um quadro depressivo ou uma tendência a acumular coisas. Cada bagunça tem um significado diferente.
Tem os bagunceiros localizados que dedicam um espaço específico para a desordem. Seria curioso observar se repetem o mesmo padrão com suas emoções.
Existe a bagunça suja, mórbida e apodrecida que denuncia algum traço psicótico ou de alguém que está à beira da desintegração psicológica.
A bagunça do adolescente é tipicamente narcisista e até uma forma de impor sua identidade em relação ao jeito dos pais organizarem a casa.
Já a bagunça cansada, empoeirada ou “naftalítica” é mais melancólica e depressiva.
A decoração também diz muito de como o dono aprecia o belo em sua vida. O brasileiro de modo geral é bem descuidado nesse sentido, mas sinaliza um traço de nossa cultura extremamente familiar. Guardamos pinduricalhos de todas as gerações passadas como troféus e vamos recheando as mesas da casa com objetos de apelo “afetivo” deixando a casa mais parecida com um brechó.
O apego a certas memórias também ficam expressas nos objetos e quadros que espalhamos. Me lembro de uma moça que atendi que só deu conta das fotos com o ex-namorado espalhadas pela casa quando um novo pretendente chegou lá. Ela não conseguia entender a razão de seus relacionamentos nunca darem certo.
Muitas pessoas tem um excesso de organização na casa para tentar controlar o caos que há dentro de si. Outras deixam a casas às moscas (literalmente) da mesma forma que não tomam as rédeas da própria vida.
Casas cheias de móveis ou com móveis de menos, casas afetivas e aconchegantes ou estranhas e horripilantes. Tudo revela a personalidade do dono. Por isso sempre recomendo como bom exercício de autonálise olhar para o mundo em que habita e tentar fazer pequenas mudanças se perceber que sua casa já não reflete o que você é. E se reflete o que você é perceber o quão interessante seria mudar.
Lar, doce lar depende de você.
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