“A vida é uma merda!”
Acho bem intrigante o hábito das pessoas usarem a palavra VIDA como se fosse uma outra coisa que não elas próprias.
Notem que a palavra vida serve para significados diferentes, mas de forma geral virou uma entidade que não diz respeito a ela. Gostaria de analisar essas colocações.
“A vida quis me mostrar”, aqui ela é tomada quase como uma professora que tenta ensinar o B-A-BA dos bons modos. Ela está falando do que exatamente? Parece que existe um plano que deveria ser seguido e que a pessoa se desviou do percurso. Acho isso o inverso do livre-arbítrio e da responsabilidade própria por cada ação!
“A vida reservou algo pra mim”. De quem ela está falando? Papai Noel? Deus? O diabo? A cartomante? A mega-sena? Esse tipo de raciocínio induz a pessoa num erro comum, de ficar passiva e se conformando com um tipo de cotidiano medíocre. Esse também é o consolo dos ressentidos que não tem coragem de tomar a rédea de seus comportamentos pessoais e atribui tudo à uma sorte do destino.
“Minha vida não tem caminhado bem”. Parece que ela não é ela, e que a vida é um amigo imaginário que caminha mal ao lado dela. O que não tem caminhado bem é a sucessão de escolhas erradas (ou falta delas) no dia-a-dia. Se você não vai bem precisa identificar o que não vai bem e mudar.
“A vida é uma merda”. Sinto dizer, mas você tem se sentido uma merda, essa é a realidade. Não é a vida, mas você que tem se posicionado em lugares ruins e nocivos para si mesmo.
A pergunta é, se sua vida fosse um reality show você gostaria de assistir ou morreria de tédio? Se o trailer de seus melhores dias fossem mostrados à você teria orgulho, estufaria o peito e diria “fiz algo significativo!”? Então não adianta culpar a vida, ela não vai fazer nada no seu lugar.
Se sua vida não agrada, eu afirmo, não há outra vida se não você mesmo.
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