Como gerenciar conflitos amorosos

Passamos por impasses constantemente em nossa busca por felicidade e realização. Os conflitos do mundo interior entre regras e desejos proibidos ou aqueles que precisamos enfrentar com a pessoa amada, o parente difícil e o chefe incompetente. A cada decisão nova precisamos negociar, resistir, ampliar, ousar, enfim, fazer a vida acontecer.

Pode olhar para a pessoa ou deixar o trem passar

Raramente observamos qual o nosso modelo preferido para gerenciar esses conflitos diários. Alguns privilegiam mecanismos de defesa primitivos e bizarros, outros administram os revezes contantes de forma elegante e inteligente.

É muito comum ver as pessoas resmungarem, julgarem, condenarem e responsabilizarem os outros por tudo o que lhes causa mal-estar. Esses são os passivos e infantis que tem preferência por métodos de “resolução de conflitos” utilizados normalmente até os 3 anos de idade:

– Fugir: sabe aquela pessoa que não responde quando questionada, desaparece de um compromisso, adia interminavelmente uma tarefa ou não volta para o segundo encontro se o primeiro foi muito bom?

– Acusar:  esse é o método favorito dos covardes emocionais que mal analisam uma questão e saem devolvendo pedradas em forma de golpes baixos, humilhações sutis e xingamentos descarados. [pare de acusar]

– Justificar: não importa o que tenha acontecido ele tem sempre uma explicação, uma causa ou uma teoria que dê base para sua maldade ou mediocridade. Culpar a si mesmo também não salva ninguém, só aumenta o problema. [pare de se justificar]

– Reclamar: sentar no próprio rabo podre e cagar regras sobre o mundo é seu método mais utilizado para se sentir superior à todos sem ter feito nenhum prodígio melhor que os demais. [pare de reclamar]

– Fechar: birra, marra, cara feia, gelar o outro, não dialogar, deprimir e coisas do gênero são suas ferramentas para impedir que o outro traga a notícia dolorosa. Acha que se fechar a boca a água não irá afogar. Quanta ingenuidade. [mulher desaparecida]

– Negar: é como aquela criança que acha que ao fechar os olhos todos os problemas do mundo estão resolvidos. Nunca olha a conta bancária, não pergunta se o parceiro está realmente feliz e ignora os bons conselhos. [5 fases do termino]

– Chorar: se for choro de desabafo e transbordamento até vai, mas aquele que se perpetua numa autopiedade sem fim é coisa de neném.

– Brigar: ser raivoso também é um bom jeito de desviar a atenção do problema mais importante e encontrar um culpado (que não seja ele próprio) [8 ou 80]

– Desviar a atenção: olhar para o vizinho, os dramas do país, dar risada de piadas ou perder tempo na internet podem distrair, mas não pagam as contas. [relacionamento de aparência]

 

Agora entramos na categoria dos adultos, aqueles que resolvem problemas e não ficam choramingando salvadores terrestres ou celestes para fazer o que lhes cabe.

– Pensar no problema seriamente: parece simples mas é o primeiro passo para tomar uma primeira decisão inteligente. [dor com honestidade]

– Perguntar para especialista: alguém que já enfrentou um problema como o seu pode facilitar os caminhos. Nesse caso perguntar é o essencial para sair do atoleiro, pois se suas certezas e convições estivessem certas você não teria criado o problema que supõe ter a resposta. Na vida real o McGyver não existe.

Procurar profissional: nunca vi o google resolver questões que sejam mais sérias que uma espinha. Mais que isso é necessário um médico, para problemas jurídicos recomende os advogados, questões amorosas e emocionais os psicólogos, dramas com a balança nutricionistas. A solução está dentro de você, mas ter um guia imparcial economiza tempo. Quanto ao dinheiro, organize-se, afinal gastamos dinheiro com muita tranqueira inútil. [sou meu proprio terapeuta]

– Criar um plano coerente: não adianta sair como vaca louca na hora de resolver um problema sério, você precisa seguir uma linha mestra que irá orientar do começo ao fim. Um plano que terá muitas etapas que não terão solução imediata, mas que serão chaves para atingir a grande meta. A chave-mestra só existe para o porteiro. [10 passos]

– Criar uma força tarefa: você provavelmente não conseguirá fazer tudo sozinho, então peça ajuda na cara dura, de uma, duas ou muitas pessoas. Uma mente coletiva é melhor do que uma.

– Produzir algo criativo: se ficar passivo esperando a roda girar nada muda. O que muda é algo que você produza de novo, inesperado, seja uma ideia, um produto, ou uma inspiração. Mas pensamento sem ação não adianta nada, precisa sujar as calças para construir um império. [Dê o seu melhor]

– Ajudar alguém até encontrar uma solução: muitas vezes quando não sabemos por onde começar é interessante pôr a cabeça para funcionar em outra área e ajudar alguém que precisa de um socorro parecido ou não. A generosidade instiga o cérebro criativo e indiretamente sua motivação fica mais ativada quando tiver que olhar para o seu drama pessoal. [ofereça algo]

 

Agora você escolhe se quer ser uma criança mimada ou um adulto feliz.

 

About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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