Você é azarado?
Eu fui uma pessoa azarada até meus 17 anos, com dinheiro (pouco), mulheres (nenhuma), amizades (pálidas) e trabalho (vagal), família (brigas).
Você sente que tem um gato preto na alma?
Estranhamente, quando deixei de ser azarado meu azar acabou. Eu usava uma frase como lema “nunca mirei as estrelas, elas se vão, meu objetivo sempre foi o Universo, este fica!”
Lógico que tomei uma atitude diferente, passei a ler coisas diversas das que eu lia, me aproximei de lugares e pessoas que pareciam fazer o bem, tomei atitudes mais enérgicas quanto a aparência e maneira de me expressar, as roupas mudaram, minha fala se alterou e passei a ser mais querido por pessoas que me faziam bem.
Não fiquei mais rico, nem mais pegador, cercado de multidões ou com mais facilidade em minha casa. No entanto, eu não desistia, mantive uma fé que as coisas poderiam mudar de um jeito e de outro, minha meta era ousada e coloquei dentro de mim a ideia de que eu queria impactar positivamente a vida das pessoas. A psicologia me parecia ser um caminho que me agradava, me espiritualizar também e pode transmitir essa mensagem para as pessoas por meio de livros era excitante. A curto prazo nada mudou com isso.
O tempo foi me revelando coisas boas, cada porta que eu entrava me abria mais portas, cada atitude positiva me catapultava para perto de pessoas mais ousadas e competentes, cada esforço silencioso me oferecia resultados que à longo prazo se revelaram excelentes. As pessoas confiavam na minha palavra e me queriam por perto, sempre acabei me aproximando dos líderes dos lugares onde eu estava por que viam em mim alguém curioso, dedicado e quase-capacitado para fazer o que eu queria.
Esse QUASE começou a se mostrar uma habilidade real de tocar as pessoas. Não era engodo ou fingimento, era real. E quanto mais esse impacto positivo chegava nas pessoas mais eu caminhava. Nao era nenhuma magia especial, nem sorte, mas apenas me propor a fazer aquilo que deveria ser feito da melhor maneira possível sem tirar vantagem de ninguém e deixar que outras pessoas participassem daquilo comigo.
Não fui uma pessoa de sorte, portanto, não acho que existe azar. Acho que azar é um punhado de egocentrismo associado à má vontade, imediatismo, ideias mágicas (de que tudo muda só com o pensamento positivo), falta de senso de realidade e temperamento irritado. Isso tudo afasta pessoas, agrega discórdia, fecha portas, consegue objetivos de curto prazo que não duram muito. E mais deixam você infeliz a tal ponto que você cria o cenário desatroso que teme encontrar.
O sujeito tem medo de ficar pobre e nunca investe, nunca ousa, nunca nada e só se fecha, sempre teme. Que tipo de prosperidade ele vai criar?
A pessoa tem medo de sofrer no amor, mas nunca tenta, sempre reclama, não se solta, sempre critica. Quem vai ficar do lado de uma pessoa assim?
Como funcionário sempre faz intriga, acha que ninguém trabalha (só ele), puxa-saco sem necessidade e não é ousado para barganhar aumentos e boas posições. Isso é azar?
O azar é sempre resultado de escolhas impulsivas e com pouco senso de realidade. Muito exageradas ou acanhadas. Nenhum universo conspira contra ou a seu favor em detrimento ou a favor de outros. Pisamos a mesma Terra. Riqueza, beleza, corpo em dia podem ser condições de nascimento para alguns, mas com a atitude errada eles mesmo podem se atropelar.
Se por sorte você só considera seus sonhos realizados isso é um mal começo cheio de mimo. Nem tudo que sai ao gosto de nossos anseios. Azar não é quando algo frustra nossas expectativas. Visões de curto prazo sempre chegam nessa conclusão.
Eu resolvi adotar a postura de dfacilitar a vida dos outros e a minha. Enquanto eu npunha obstáculos imaginários ou relutava em resolver problemas que estavam na minha mão (por orgulho) eu tinha “azar”.
Se desprender de resultados também ajuda tudo a ser mais leve e tirar o peso de cada ação como se ela fosse a decisiva.
O bom uso daquilo que se tem é que determina a “sorte”! Portanto, não fique parado esperando encontrar um trevo de 4 folhas no seu caminho. Para se culpar a si mesmo e aos outros.
Medo do fracasso? Sempre vai existir, mesmo assim mexa-se! 🙂
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