Escolha Profissional
A escolha profissional é um dos temas mais delicados junto com a escolha amorosa e os conflitos familiares.
Nesse momento a pessoa precisa escolher entre milhares de ocupações e profissões aquela que traga uma dose alta de realização, felicidade, dinheiro no bolso e prestígio entre amigos e familiares.
Se perguntarmos para qualquer pessoa ninguém iria escolher uma profissão torturante ou que te fizesse contar as horas para ir embora do trabalho.
Mas, então porque as pessoas fazem escolhas que chegam bem longe de torná-las felizes?
Existem múltiplos fatores que bloqueiam as pessoas na hora da escolha profissional. O maior deles é “existe mercado?”, seguido de “vai me dar dinheiro?”
Essas perguntas levam a respostas equivocadas porque foram feitas da maneira errada.
Se algum empreendedor ficar se perguntando se existe espaço no mercado para fazer um trabalho bem feito ele nunca começaria nada. O mercado está sempre saturado de maus profissionais. Para os bons nunca vai faltar emprego.
Então, quem faz o mercado é o profissional. Se não tem espaço você inventa o seu.
Se vai dar dinheiro? Essa pergunta traduz uma visão passiva do dinheiro. O dinheiro não se dá, se faz. Portanto, a pergunta certa é, você vai fazer seu trabalho render muito dinheiro?
Agora outra questão que tortura as pessoas é, não sei o que escolher.
Isso é um pouco mais complicado, pois hoje existe uma infinidade de ocupações e profissões não convencionais. Médico, advogado, engenheiro já existe há um bom tempo, mas quem já pensou em ser web designer especializado em mídias digitais?
A vantagem dessa diversidade é que existe um mundo infinito de possibilidades pouco exploradas e com carência de bons profissionais simplesmente porque não existe uma formação tão direcionada.
Eu uso a seguinte abordagem para identificar as tendências daquela pessoa.
Unir o que a pessoa gosta de fazer, com aquilo que ela sabe fazer, com algo que seja rentável e beneficie o mundo que habita.
A paixão, a habilidade, o empreendedorismo e o que pode oferecer para a sociedade.
A paixão pode ser descoberta nos gostos que tem usualmente. Que tipo de revista que costuma procurar na banca depois daquela passada de olho óbvia? Numa livraria, onde será que a pessoa vai passar muito tempo presa num livro? Quais os assuntos que ela mais pesquisa na internet, em que temas costuma CURTIR no Facebook? Que assuntos costumam interessar além daqueles cotidianos? Quais os temas escolares que tem mais familiaridade?
A habilidade se identifica naquilo que a pessoa costuma fazer com destreza. Existem multiplas inteligência catalogadas hoje em dia. Sabe resolver cálculos e fazer raciocínios complexos com ideias abstratas ou números? Lida bem com a língua de origem e com outras mais? Sabe interagir com grande facilidade com as pessoas à sua volta? Costuma decifrar questões profundas do mundo interior e da filosofia de vida? Tem musicalidade e capacidade de produzir som e ritmo? Tem uma habilidade incomum para fazer algum tipo de movimento com o corpo todo ou com as mãos?
O empreendedorismo pode ser verificado com o nível de desconforto que a pessoa lida com situações de risco, imprevisíveis ou de investimento sem muita segurança ou garantia pessoal. Aquela ambição de evoluir financeiramente, socialmente, hierarquicamente e profissionalmente também oferecem pistas.
Tem uma visão generosa sobre sua posição no mundo ou espera sempre que os outros façam tudo de mão beijada? Acha que precisa encontrar condições ideais antes de começar a fazer algo? Espera ter um salário para criar boa vontade de ajudar os outros? É incapaz de fazer algo voluntariamente ou dar um passo a mais naquilo que é sua obrigação?
Sem que essas perguntas e muitas outras sejam respondidas fica difícil falar de uma real escolha profissional.
Pesquise com profissionais da área, entre no Google, grupos de discussão sobre a area, páginas do Facebook, revistas especializadas, blogs direcionados, informação é o que não falta.
Evite conselho dos conservadores, pessimistas ou fracassados na sua profissão, pois sempre darão conselhos mediocres. Não se esqueça que quem faz a profissão é você e não ela em si.
Posso garantir que seu pai/mãe pode ser muito feliz em certa profissão, mas isso não vai garantir em nada sua felicidade nessa área. Saiba também que a qualquer momento você pode mudar e que o trabalho não é uma prisão perpétua.
A profissão, nada mais é que um espaço onde você pode se fazer presente no mundo, use dessa escolha da forma mais ampla possível.
O único que pode escolher o que tem vontade de fazer é você. Agarre essa decisão em suas mãos e boa sorte!
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