Mulheres frescas na cama
Essa semana ouvi um relato de um homem que foi de cortar o coração “sou um cara trabalhador, dedicado ao casamento, amo minha mulher, mas existe um problema, eu a desejo sexualmente e ela sempre tem uma objeção. Sei que ela não me trai e me ama, mas existe algo que a perturba na hora do sexo. O pior de tudo é que ela me culpa por tudo e eu fico com vergonha de ter desejado minha mulher”.
Isso não é incomum, mulheres que trazem impasses, bloqueios, receios e medos sexuais que são altamente danosos para o relacionamento.
Elas são inibidas, cheias de objeções e se recusam a qualquer manifestação mais exaltada que saia do padrão papai-mamãe. O sexo tem que ser na hora e minuto que querem, nem mais e nem menos. Perdeu a viagem, camisinha empacou, tirou o cisco do olho, já era, perdeu o bonde do desejo.
Parece gente que canta bem mas só faz isso no chuveiro sem ninguém ver.
A masturbação é um assunto tabu, pois ela tem medo, vergonha e nojo de si mesma.
Quando percebe seu homem se aprontando para o sexo sente repulsa e o vê como um animal. Ela sequer questiona as intenções e o mundo que está por trás do desejo masculino. Ela nem desconfia que o sexo é uma forma do homem expressar seu amor, mas mesmo assim julga sua atitude primitiva e interesseira “ele só quer me comer!”. Ninguém avisou que se ele quisesse só te comer ele não viveria ao seu lado e amaria você por todos os dias.
A visão dessa mulher sobre sexo é infantil, ela tem “nojinho” de tudo e se esqueceu que existe algo de brutal no ato sexual. Goste ou não é uma carne penetrando outra envolta em liquidos e fluidos que tem cor, textura, cheiro e gosto. Sexo é uma experiência que une sensações, sentimentos e alma.
Ela tem uma fantasia bucólica de uma menina sobre a sexualidade como se fosse algo seguro, previsível e sublime. Se esqueceu que os instintos são primitivos, intensos e desestruturadores. O gozo é algo que tira a pessoa do sério.
Por ser metódica e culpada de tudo ela se sente suja por ter desejos sexuais que sente como inferiores aos impulsos da alma. Alma e corpo são dimensões radicalmente distintas nos seus sonhos de criança que cresceu de tamanho, mas não emocionalmente.
Presa no mundo dos pais ela não consegue ter livre acesso aos seus desejos que estão sob a redoma do pai moralista que domina seu coração. É como se ela se guardasse para o príncipe encantado (e assexuado) que nunca chega.
Ela fantasia um amor onde não existe penetração, mãos ligeiras e corpos fervendo.
Trancafiada em si mesma acusa seu homem de brutalidade, grosseria e primitividade. Faz com que ele se distancie dela, se sinta acuado, envergonhado no seu próprio desejo e culpado por desejar sua mulher.
O tempo vai revelar um homem triste, mau humorado, aborrecido e dividido. Após se debater com sua frustração dentro de casa será cativado por uma amiga que irá respeitar seus sonhos e desejos de homem. Uma mulher que não tenha vergonha do prazer irá reanimar seu sentimento de mais valia e ele vai “sucumbir” a esse sentimento. Se sua mulher descobre ainda é capaz de perdoá-lo só para passar outros tantos meses punindo esse homem por ser um cafajeste traidor. Ela nem se dá conta que o traiu (negando-se a ele) desde o primeiro dia que se recusou a crescer e se entregar sexualmente ao homem que escolheu para ter ao seu lado.
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