O que você quer dizer com “eu te amo!”
Nada mais obscura que essa frase.
Escrita em todos os lugares e posta em muitos painéis, amar virou uma farra, das boas, daquelas que são ditas sem o menor critério.
Ao ler isso você deve ter pensado imediatamente: “é verdade, o amor ficou banalizado” e deve estar se sentindo a única pessoa que já foi capaz de amar de verdade no planeta Terra.
Grande engano, sequer sabemos o que estamos anunciando ao dizer “eu te amo”.
O amor virou uma prisão bem bonita na qual queremos colocar a personalidade da pessoa “amada”. O amor aprisionou sua liberdade.
“Eu te amo, como assim você quer ser feliz sem mim?”
Esse é o discurso implícito. E vem associado com a ideia “e se não me amar de volta você vai se ver comigo!”
Não contente ainda pode soltar algo do tipo “você me decepcionou, mesmo com meu amor você mudou quando me prometeu logo de inicio que nunca ia fazer isso!”
Se o sexo não saiu a contento: “como assim não quer transar comigo? Eu te amo, trata de mexer essa bunda e não tenha vontade própria!”
Se contrariada: “eu já não falei que você não pode fazer nada que eu não tenha autorizado só porque eu te amo?”
“Eu sempre te amando e você nunca adivinha meus pensamentos, como me frustra essa sua inabilidade de ler minha mente!”
“Como você pôde se divertir sem mim? Eu te amo, é obrigação sua estar sempre ao meu lado e que a sua felicidade venha só de mim!”
“Acho um absurdo você ter um passado se antes eu não existia na sua vida e você não me amava!”
Amor? Não sei dizer.
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