Mulheres “independentes”
Tem sido cada vez mais comum ouvir mulheres dizendo que são independentes emocionalmente. Adoram dizer que não precisam de homem para ser feliz e que vivem numa boa sem estar num relacionamento.
Quando estão num relacionamento tratam o parceiro com certo desprendimento e até um pouco de desdém. Parece que não se entregam por uma escolha consciente do tipo “me basto”.
Mas o que reparei é que ocorre uma falsa sensação de independencia, pois a fonte da dependência amorosa dessa mulher é outra.
Essa mulher “independente” do homem costuma ter uma ligação um pouco estranha com os pais. Um excesso de preocupação pelo bem-estar deles que vai além do razoável.
Liga todos os dias, se possível vai até a casa deles, conta todas as confidências, resolve os qualquer problema prático que os pais tenham e se dedica como uma boa filha. Boa filha? Ou boa esposa?
Bingo!!
Com quem será que essa mulher “independente” é casada de fato? Com o marido ou com os pais?
Toda a energia que ela dedica a um relacionamento não está sendo dirigida ao seu parceiro, mas sim aos pais.
E como ninguém vai condenar uma mulher que cuida da felicidade dos pais ela vai passando despercebida por todos.
Mas aos olhos do companheiro não. Ele se queixa de carência, falta de atenção, sexo e de um fim-de-semana livre para o casal. Fim-de-semana é sagrado na casa dos pais para essa mulher “independente”. Viagens sempre acompanhada de um dos dois.
É natural que isso desgaste a relação com o parceiro que sempre aparece como o mala carente. Seu parceiro costuma ser visto como fraco perante os pais dela, afinal sempre ouvem que ele não assume o relacionamento e é pacato. Ela alega que os homens são passivos e dependentes do relacionamento e que não admira homens assim. Ela faz o mesmo com os pais e não percebe. No fundo tem um profundo medo de assumir a vida adulta e o fato que formou uma nova família que precisa nutrir e não ser nutrida. O relacionamento amoroso se tornou a nova família, seja com filhos ou não. Agora ela tem a escolha consciente de dividir seu tempo com um homem com o qual construa algo, mas prefere se manter na condição de filha predileta.
Seu sentimento de apego aos pais é que lhe permite ser “independente” com o parceiro. Sua independência não é legítima, a menos que pudesse abdicar das regalias desse tipo de conexão exagerada com os pais e caminhar com as próprias pernas. Evitar contato e conversas constantes, restringir o convívio e as confissões pessoais e poder exercitar o senso de autonomia real, sem escapar da tensão de sua relação.
Afinal ser independente numa relação em que a mãe é o colinho confortável é muito fácil.
É uma decisão difícil, que muitas não tomam. O seu relacionamento vai a ruína, ela acusa o marido pelo fracasso e aí se interna definitivamente debaixo da asa dos pais. Sua vida “acaba” definitivamente quando um deles morre, pois então é decretado o fim da vivacidade dessa mulher que passará o resto da vida choramingando saudade.
Alguém vai chacoalhar ela, filha tão zelosa? Infelizmente não.
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