Faça realmente diferença na vida de alguém

E se você decidisse mudar a vida de alguém uma vez por dia?

Você resistiria à esse pedido?

Vejo as pessoas sempre reclamando que o mundo é um lugar miserável, agressivo, problemático, caótico, em suma, inóspito.

A sensação de que tudo é muito difícil e complicado é resultado de algo simples, agimos com muita má vontade com tudo à nossa volta. Somos incrédulos, desconfiados e pouco aplicados na arte de facilitar a vida dos outros.

Agora imagine 7 bilhões de pessoas empacando a vida uma das outras. Caos é uma palavra que dá um breve anúncio do que pior conseguimos produzir. Eu chamaria de senstimento coletivo de desesperança.

Olho nas ruas, nos carros, nas lojas, ao telefone e em minha volta pessoas com os olhos apagados.

Ontem fui ao correio e vi uma mulher no caixa com olhos apagados. Eu e o André, meu amigo, estávamos discutindo exatamente sobre esse sentimento de má vontade coletiva e ele me disse que era difícil mudar. Eu argumentei com uma ação e puxei papo com atendente do correio que tinhas olhos extremamente tristes (com banalidades sobre a correria do Natal) que em poucos minutos sorria. André perguntou para a moça se era verdade que algumas crianças escreviam cartas para o Papai Noel. Ela disse que sim e que se quiséssemos poderíamos ver as cartas e até adotar o presente de uma delas.

Eu sou um sentimental nato, quase chorei lendo as cartas, uma mais bonita que a outra e resolvi ajudar pelo menos uma criança ali. Fiquei pensando que isso seria para aliviar minha consciência natalina, mas que importa, aquela criança teria um natal diferente e iria curtir o presente do “papai noel”.

Fui até uma loja e comprei o presente que ele queria (leia a carta) e voltei no correio. Fácil e sem burocracia, qualquer um pode fazer. O que eu fiz não tem nada de especial, não vai mudar o mundo e sei que isso pode soar como autopromoção do tipo: “que babaca esse Fred querendo mostrar que tem bom coração”. Juro que não é, eu também tenho preguiça as vezes, só quis mostrar que não custou tanto (só o preço do presente) e o trabalho de tirar minha bunda emocional da cadeira e não ignorar um sinal que se abriu. De uma tentativa de animar a atendente ela me abriu para uma chance de animar outra pessoa que vai despertar outra. é um efeito em cadeia, se você facilita a vida de alguém desprendidamente isso gera uma efeito tão poderoso quanto o de uma grosseria. São ações corriqueiras e não sou diferente de ninguém por fazer isso, só fiquei de olhos abertos. Sei que onde quer que o Bruno estiver isso fará toda a diferença.

Fiquei pensando que esse é um bom hábito: fazer a diferença na vida de uma pessoa sem o menos interesse do resultado que isso teria.

Facilitar a vida das pessoas não é algo drástico e nem radical. É um detalhe que vai de puxar uma cadeira para o outro sentar, pedir licença, falar algo inspirador ou simplesmente se calar quando for necessário.

Nós temos o mau hábito de dificultar a vida dos outros, seja no trânsito ou dentro de casa. Nivelamos sempre por baixo e deixamos nossa preguiça social imperar, agimos como zumbis insensíveis à tudo. Esperamos o pior dos outros e sem perceber estamos oferecendo o nosso pior com aquela desculpa “ninguém facilita minha vida, por que eu faria o mesmo?”

Hábito silencioso e de forminguinha, esse é o lema.

Fazer a real diferença na vida de uma pessoa é algo para se fazer a cada e todo momento, sem eleger quem será o beneficiado. Seja uma metralhadora de amor, acerte qualquer um sem pensar!

Faça o teste, aproveite o espírito natalino e faça a diferença na vida de alguém (não precisa ser presente), mas de verdade, sem enrolação até o dia 24 de dezembro, se gostar continue depois disso!

Dia de "Papai Noel"

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About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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