Você tem medo de amar?
Já ouvi de esportistas que existe uma regra de ouro em corridas de moto, em descida de esqui na neve e fórmula 1.
Nunca olhe para um lugar que você NÃO quer ir.
Explico. Se você olha para um ponto da pista (ou da montanha cheia de neve) seu olhar, cérebro e corpo te fazem pender para aquele lugar. É como se você induzisse sua ação exatamente para o lugar que você não quer ir porque seu organismo se dirige para o lugar que seu interesse aponta.
Com o medo é assim!
Não há nenhum problema em ter medo, afinal ele é uma reação natural, instintiva e saudável para defesas de predadores naturais.
Notem , predadores naturais! Quantos mamutes, leões e jacarés você encontra no seu cotidiano? Nenhum , nem eu, portanto, os predadores estão mais na sua cabeça do que na realidade.
Esse é o preço da civilização, sem predadores naturais inventamos os imaginários.
Brinco que sofremos de imaginite, uma grande inflamação na imaginação que faz você arder em febres cheias de delírios pessoais. Já viu aqueles loucos de rua fugindo de pessoas imaginárias? É assim que me vejo em alguns momentos, bem como a maior parte das pessoas.
Caímos antes do tiro, nos defendemos antes de ser atacados e fugimos antes de olhar para o ofensor.
Nos relacionamentos fazemos o mesmo.
Quantas vezes você já não se surpreendeu se afastando de alguém que gosta só porque imaginou que ela faria isso com você? Eu fiz isso incontáveis vezes.
Imagine a cena: uma mulher que passou por relacionamentos ruins e se sente diminuída e um pouco intimidada frente aos relacionamentos. Chega a acreditar que eles não são possíveis de forma saudável. Foi deixada na última vez que se envolveu com alguém e quando encontra um homem afetuoso em sua frente não sabe o que fazer. Ela se comporta de maneira tão ressentida e receosa que a cada manifestação de afeto desse homem ela se afasta como a criança de orfanato que tem medo de se apegar à qualquer um por medo de ser abandonada.
Posso chamar isso de “Síndrome da Criança Órfã” que acha que todos a irão machucar, abandonar, magoar que nunca se entrega, envolve ou ama. Ela tem um ótimo pretexto e sempre uma boa razão para alegar sua recusa, mas é efetivamente dominada pelo medo. E como eu disse no princípio, quanto mais você olha para o medo mais irá se dirigir até ele por um fato simples, você irá produzir o cenário que temeu que acontecesse.
Uma mulher defendida à esse ponto que descrevi irá se afastar, esfriar de um jeito que um homem (ou pretendentes) nunca brilhará a tal ponto que um homem se apaixone.
O mesmo ocorre com a broxada, quanto mais o homem temer mais seu corpo produzirá adrenalina que alterará o bombeamento sanguíneo de seu pênis.
Quanto mais ficar acordado, insone e preocupado com as dívidas menos irá produzir ou criar para saná-las. Se ficar tomado pelo medo de morrer terá uma vida medíocre e acuada, cheia de receios.
Entenda que o medo só fará você se concentrar naquilo que quer evitar e não naquilo que quer encontrar, portanto, se concentre em produzir, viver e amar. Se uma pedra surgir no caminho construa algo com ela.
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