“Ele me deixou e não deu explicações”
“Eu estava vivendo um relacionamento que parecia ser muito produtivo, tínhamos muitas afinidades. Na vida social, nos gostos, na cama e muitos planos em comum, mas em um determinado momento tudo desmoronou. Não entendi o que aconteceu, ele simplesmente começou a me ignorar e praticamente sumiu. Agora me sinto completamente fechada para qualquer relacionamento. Qualquer um!”
Homens…
Porque conseguem ser tão calorosos em dado momento e completamente frios em outro?
Essa não é uma explicação simples, porque existem muitas possibilidades. Mas de forma geral os homens rompem um relacionamento porque já tem outro foco de interesse que garanta sua satisfação.
Dificilmente um homem corta algo da vida dele se não há recompensa garantida. A natureza do desejo masculino é muitas vezes infantil e insaciável.
Outra parte da história é que a mente masculina é compartimentada, o universo profissional no trabalho está numa caixa e família em outra. A rapidez com que uma história pode alternar para outra segue o mesmo princípio. Sem muito saudosismo ou nostalgia. Se esse homem conseguiu o que queria de você ele já está pronto para outra jornada como se a anterior significasse muito pouco.
Me pergunto como fica a mulher do outro lado da história?
Devastada.
Essa palavra define o tipo de reação criada. Porque um relacionamento para uma mulher tem muitas complexidades. Quando ela cria planos no mundo exterior é provável que a extensão deles em seu coração seja absurdamente maior. Já se sabe que a profundidade que um iceberg atinge debaixo d’água é bem maior do que se vê acima da superfície.
O mesmo ocorre para uma mulher. Isso significa que para desfazer esses sonhos encantados, criados no ardor da paixão, demoram tempo considerável. Muito mais nas profundidades do que na aparência. Por fora essa mulher pode já ter retomado sua vida normalmente. Por dentro, de tempos em tempos ela se debate com os sonhos que teimam em dominar seus sentidos e seu coração.
Difícil e até desrespeitoso tentar romper bruscamente com essas imagens internas.
A mulher tem uma dificuldade em especial em se despedir de si mesma nas imagens que criou ao lado desse homem. É como se pegasse os seus sapatos e bolsas preferidas e simplesmente ateasse fogo.
Essa dor da ressignificação do amor que se foi é lenta. Dia após dia, calmamente essa mulher precisa desmontar o castelo de areia. A cada despedida ela carece de apoio, Cada objeto que tira daquela casa emocional tem uma lembrança associada, um sonho implícito, uma esperança de dias melhores.
O que mais dói nessas despedidas inacabadas é exatamente o desespero de não saber-se mais sobre si mesma. Sem perspectiva de que rumo emocional dará para si.
Na tentativa de se envolver novamente é possível que tudo pareça demasiado normal, sem graça, pálido e sem brilho. Qualquer navio novo que tente se aproximar virá ingenuamente se chocar com aquele iceberg submerso.
Como dar uma guinada?
Assumindo que no fundo o problema foi de uma única ordem: aquela miragem de que lá é melhor do que aqui.
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