“Me apaixonei pelo meu amigo, e agora?”
“Oi Fred, eu sou apaixonada por um amigo, porém eu tenho medo de me declarar e perder a amizade, pois sei que se eu fizer isso nada será como antes, não sei o que fazer”
Recebo pelo menos uma vez por semana uma pergunta desse tipo. Amizades que se tornam mais que amizades. Pelo menos no coração de um dos lados.
Costumamos deixar bem delineado o que é uma amizade e um relacionamento amoroso. Parece que a amizade cabe no relacionamento amoroso, mas o relacionamento amoroso não cabe na amizade.
Parece que na amizade sua vida caminha em paralelo com a outra pessoa. Você vive sua vida e o amigo vive a dele, em algum momento os dois compartilham as experiências vividas com toda a abertura do mundo, sem medo ou dó.
Mas quando entramos num relacionamento amoroso passamos a omitir informações que poderíamos contar para um amigo.
Estranho como suportamos pouco a realidade dos fatos. Se digo para a pessoa que amo “sinto falta do seu carinho” achamos que isso é um problema. Mas se desabafar com o amigo sobre a falta de carinho da pessoa amada tudo bem.
Isso me leva a pensar na questão prática da amizade que vira amor. A mulher (ou o homem) passa a olhar o amigo com outros olhos e admirar nele um valor e uma atenção exclusiva que no fundo esperava dos outros homens.
Me lembro que minha primeira namorada foi minha melhor amiga. Em certo momento perguntei a ela: “como seria seu dia mais feliz?” e ouvi: “um dia que eu passasse todo ele com você!”.
Me espantei com aquela fala dizendo que já passavamos o dia juntos e ela insistiu “você não percebeu que eu sou completamente apaixonada por você?”
Meu queixo caiu, eu não esperava ouvir aquilo. Não reagi na hora, por pura perplexidade, mas por dentro algo começou a mudar dentro de mim. Eu pude perceber que já estava apaixonado por ela também. Demorei cinco meses para pegar no tranco e não me dei de imediato.
Tivemos quatro bons anos de namoro. Aprendi muito com ela e posso dizer que nossa relação se aprofundou e ampliou a partir do momento que nos relacionamos emocionalmente, para além da amizade.
Você não precisa se declarar, mas pode ampliar seu repertório de relacionamento com ele. Costumamos acreditar que só é possível uma coisa ou outra…
Acredito que uma boa tática é começar restringir o contato com ele. Evitar certos assuntos que sejam muito íntimos. Cuidar da aparência de um jeito diferente, olhar de modo diverso. Passar a se comportar como uma garota e não como um meninão (comum quando uma menina é amiga de um homem).
Sim, é possível que isso altere o rumo das coisas. Também existe a chance desse sentimento vir só da sua parte, mas isso não impossibilita de despertar nele algo diferente. Provoque mais momentos da sua ausência e isso poderá revelar para ambos que existe mais do que apenas um afeto fraterno.
O elemento sexual começa a aflorar.
Você vai notar que o clima ficará diferente e sem dúvida sua amizade apesar de poder se ampliar terá um novo rumo. Se não for correspondida, de qualquer forma será diferente. Mas você já não será a mesma.
Resumindo: o risco é contínuo, como tudo na vida…
_____________
Venha conhecer o meu trabalho pessoalmente na próxima palestra que realizarei:
Solteira, Namorando ou Casada: Entenda como lidar com os homens e resolver conflitos amorosos.[mais informações]
___________________
Artigos relacionados
Não leve uma mulher muito à sério
Coisas estúpidas que uma mulher pode fazer por um homem
8 sinais do término de um relacionamento amoroso
Como seus pais influenciam no seu relacionamento amoroso
3 vilões dos relacionamentos: carência
3 vilões dos relacionamentos: apego
3 vilões dos relacionamentos: jogos de poder
“Você não vale nada mas eu gosto de você!”
Como funciona a química de um relacionamento amoroso
Você nunca mais vai amar do mesmo jeito
O que seu cérebro faz com você (ou você com ele)
Diferença entre o cérebro masculino e feminino
A Amélia – Mulher do primeiro estágio
A Guerreira – Mulher do segundo estágio