Sobre a morte e o morrer – Elisabeth Kubler-Ross
Conheci o trabalho de Elisabeth Kubler Ross, psiquiatra norte-americana, no início do curso de psicologia com seu livro clássico “Sobre a morte e o morrer”, obra que inaugurou os recentes estudos de tanatologia.
Mais tarde essa dedicada e amorosa pesquisadora voltou a ser alvo de minhas leituras quando trabalhei no HC com pacientes terminais de AIDS.
Kubler-Ross fez algo que hoje parece óbvio que foi ouvir as pessoas que estavam no leito de morte. Simplesmente ouvir, anotar o que ouviu e transmitir conforto pessoal nessa etapa tão enigmática da vida.
Seu trabalho era sempre complementado pela assistência de um sacerdote da predileção do paciente. Após anos de trabalho incansável ela percebeu que os doentes terminais, assim como seus familiares passavam por algumas fases mais ou menos sequenciais e comuns.
A primeira fase diante da notícia de uma doença grave ou terminal é a negação.
A segunda fase é a raiva e indignação por estar acometida por uma doença grave.
A terceira fase é a barganha em que a pessoa tenta negociar com sua própria consciência, com os médicos e com Deus condições de melhora e cura.
A quarta fase é a depressão diante do inevitável sentimento de perda de si mesmo, da saúde e despedida desse mundo.
A quinta fase é a aceitação do destino inevitável da humanidade, que tudo acaba de um jeito ou de outro. Essa fase é aquela que traduziu diversos pensamentos dos mais belos e profundos que já vi.
No fim de sua produtiva vida ela ainda levantou um último estágio após ter sentido na pele experiências espirituais. A essa fase chamou de transcendência.
Sua obra merece ser conhecida.
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