Os desafios da terapia – Irvin Yalom
“Para mim, a cura se dá através da relação paciente-terapeuta. Se o terapeuta não buscar se relacionar com o paciente e o paciente se recusar a vivenciar esse relacionamento, o tratamento pode simplesmente não chegar a lugar nenhum. Eu gosto de estar focado na natureza dessa relação. É o que chamamos de processo aqui-e-agora, que se ampara na importância da relação interpessoal e na idéia daterapia como um microcosmos social. Em outras palavras, se o paciente é arrogante ou tem muita raiva, esses traços tendem a se expressar no relacionamento com o psiquiatra de forma até mais forte do que com outras pessoas. Por isso, penso que a terapia não deve ser guiada pela teoria, mas pelo relacionamento.”
Em minha formação acadêmica eu sempre pensei que o papel de psicólogo deveria ser algo extremamente desenraizado da vida comum dos pacientes. Termos como distância terapêutica, não envolvimento, transferência e contra-transferência eram correntes e afirmados como leis inquebráveis.
Meu medo era sempre ter uma interação humana que pudesse manchar a qualidade da relação profissional.
Eis que surge Irvin Yalom, psicólogo russo radicado nos EUA que abriu uma nova porta para a prática clínica.
A maneira de Irvin lidar com as pessoas que atende é de humanidade e proximidade. Ele usa a honestidade de seus sentimentos “contra-transferenciais”como uma ferramenta valiosa para ajudar as pessoas.
Como resultado dessa postura ele obteve resultados incríveis em relação aos pacientes. Ele podia explicitar um desconforto pessoal dele no meio da sessão como um termômetro do que poderia estar acontecendo na vida do paciente. Um sono, um abatimento, uma raiva, uma tristeza, um desprezo…
Nada era perdido na relação, por essa razão atribuo a ele muito da leveza que vivencio hoje na prática clínica.
Link de uma entrevista para a revista Superinteressante parte 1 e parte 2
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=ZdTFqpItd8I&feature=related]________________________________________
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