A guerreira – Mulher de 2o estágio
Segundo David Deida as energias sexuais progridem em estágios de desenvolvimento. Do mais simples ao mais complexo e sutil. Ele diferencia 3 estágios diferentes da energia feminina, bem como a masculina. Lembre-se: isso é apenas uma análise didática, não acredite nela cegamente!
Os eventos catastróficos das grandes guerras mundiais devastaram grande parte da população masculina ao redor do mundo e as mulheres tiveram que sair de casa para prover o sustento de seus filhos. Se tornaram o grande motor de realização dessa sociedade nascente.
A antiga mulher pacata e recolhida no lar cedeu lugar a uma mulher que se inseriu no mercado de trabalho exigindo iguais condições no mercado. Surgiram os movimentos feministas (respaldados com a liberdade sexual promovida pela criação da pílula contraceptiva) exigindo direitos iguais entre homens e mulheres e o fim do sexismo.
Para competir de igual para igual as mulheres incorporaram muitos elementos masculinos para sobreviver nesse mercado de trabalho selvagem. A sobrevivência financeira era uma questão urgente no mundo pós-guerra e passou a ser uma condição natural e inquestionável nas décadas seguintes.
Essa mulher sabe o que quer para a sua vida e luta por cada um de seus ideiais, desejos e jamais espera outra pessoa para conseguir o que deseja. “Nenhum homem vai dizer o que tenho que fazer”
Destemida ela é capaz de manter o foco em resultados, trabalhar em equipe, ser uma líder excelente a ponto de um alto grau de objetividade e até frieza.
Sua autonomia financeira alavancou ainda mais seu mundo de sonhos permitindo que consumisse o que quisesse. Passou a ser alvo de marketeiros e uma consumidora exigente, afinal ela pode obter tudo aquilo que deseja.
Em alguns casos aprendeu a diferenciar sexo de amor e fazer escolhas sexuais e afetivas baseada em critérios mais racionais do que emocionais. Tem poucas ou nenhuma inibição sexual, pois aprendeu a exigir de seu parceiro o prazer que lhe cabe. O uso de preservativo e pílula anticoncepcional deu-lhe a liberdade que precisava para desligar sexo do ato de procriar. Seu grande conflito é poder confiar plenamente num homem e também de ser mãe.
Prioriza a carreira e o sucesso numa vida livre em que possa escolher como e quando fazer aquilo que deseja. É mais suscetível de ataques de agressividade e comportamentos autoritários e impositivos dentro de um relacionamento, pois no fundo teme tornar-se uma mulher submetida aos mandos de um homem.
As vezes se submete a um tipo de relacionamento descompromissado e reprime seu desejo por um relacionamento mais duradouro. Sente que tem que se encaixar nas regras do jogo, e precisa seguir os manuais da vida agitada.
Busca direitos iguais aos homens e se sente ultrajada quando é colocada numa condição de inferioridade social ou profissional pelo fato de ser mulher. Aliás, ela sente até um leve desprezo pela condição feminina e pode até adotar alguns comportamentos tidos como masculinos para obter maior respeitabilidade social.
No relacionamento sente necessidade de estar no controle e assumir a frente das ações por que se sente desconfortável com qualquer coisa que lembre uma condição passiva.
Internamente vive num constante conflito sobre o seu lugar no mundo, pois ainda que tente negar ainda é aquela menina frágil atormentada pelos seus hormônios.
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